Projeto incentiva estudantes a desenvolverem habilidades artísticas e educativas
Thais Rohrer, Ascom/SEEDF,
Uma experiência única e incrível. Esse é o sentimento partilhado pelos 30 alunos do Centro de Ensino Fundamental 11 de Ceilândia que participaram do projeto Oficina Fala Jovem, patrocinado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura do Distrito Federal.
Os estudantes não cansam de contar a emoção dos momentos vividos durante a oficina e na consagração final com a apresentação da peça O espetáculo Estudar e Resistir, exibida em junho. “O teatro me motivou a viver. Animou meus dias, eu fiquei mais alegre. Foi uma experiência incrível”, frisa o estudante Derick Falcão, 15 anos.
A história do espetáculo mostrou a jornada dos estudantes com os desafios que são encontrados no cotidiano escolar. Revelou também questões a serem combatidas como o bullying e as drogas. A peça foi produzida pelos adolescentes, que participaram de todas as etapas do projeto. Atuação, cenografia, roteiro, sonoplastia e iluminação foram desenvolvidos em conjunto.
“No início estávamos desacreditados, sem saber do nosso potencial. Depois foi fluindo e a gente se uniu. O resultado foi maravilhoso. Foi algo inesquecível. Ficará gravado na memória e vou continuar. Quando pisei no palco senti que estava fazendo uma coisa grande e importante”, comenta Victor Cauã , 15 anos.
De acordo com a idealizadora do projeto e professora de teatro Larissa Sarmento, é uma oportunidade de dar voz aos alunos por meio da representação teatral. “A ideia não é formar atores, mas sim estimular a criatividade artística dos jovens”, destaca.
A cultura e o teatro foram trabalhados como papel transformador de vidas dos estudantes, que se sentiram valorizados e incluídos ativamente na sociedade. “Esse projeto foi uma constatação de que essas crianças e adolescentes têm muito potencial. Aos poucos eles foram se comprometendo. Também foi uma oportunidade dos pais se conectaram com a cultura e a escola. Foi lindo ver todos trabalhando em equipe. Até a disciplina dos alunos melhorou”, salienta a diretora da escola, Alzira Formiga.
“Essa experiência me ensinou muita coisa. Eu sou muita grata porque fez uma mudança na minha vida. A gente se uniu muito. Superou minhas expectativas”, comenta a estudante Beatriz dos Santos, 13 anos. O colega Yan Dourado, 16 anos, completa: “Foi um sonho que queria realizar desde criança, apresentação de uma peça. Eu queria mostrar para as pessoas que não era tímido. Foi incrível! Aprendi a cooperar mais meus colegas, a dialogar e trabalhar em equipe”.