No balanço da retomada das aulas, Secretaria de Educação vê situação favorável na maioria das escolas públicas
Redação, Ascom/SEEDF
O primeiro dia do ano letivo 2022 ocorreu com tranquilidade e alegria na maioria das 686 escolas da rede pública de ensino do Distrito Federal. “Os nossos estudantes, os pais, tios, avós, todos os responsáveis estavam ansiosos para voltar, para reabrir as escolas, encontrar os amigos, receber aula dos professores”, diz a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. “2022 é o ano do letramento e da matemática, vai ser o ano de recuperar as perdas da pandemia.”
A secretária acompanhou a volta às aulas presencialmente, com uma visita à Escola Classe 11, de Taguatinga, na entrada dos alunos do turno da manhã. Lá, estudam 622 crianças do maternal até o 5º ano. Depois, da sede da secretaria, monitorou a situação por toda a rede em regime de plantão com todas as 14 coordenações regionais de ensino.
“Recebemos relatos o dia inteiro sobre a situação das escolas. A esmagadora maioria voltou sem qualquer problema. Tivemos alguns problemas pontuais em Ceilândia, no Paranoá, na Asa Norte, mas nada que possa ser considerado estrutural, são coisas que vamos resolver no dia a dia”, falou a secretária, no fim da tarde.
Ao longo dos últimos dias, durante a Semana Pedagógica, a Secretaria de Educação realizou o projeto chamado Carência Zero. Por ele, foram mapeadas as necessidades de professores em todas as coordenações regionais de ensino. Depois, professores efetivos e temporários de cada disciplina seguiram designados para cada escola, de forma a começar o ano letivo com 100% das unidades da rede devidamente abastecidas pelos educadores.
“Chegamos muito perto da meta de 100%. Faltou pouco. Além disso, tivemos casos de professores que testaram positivo para covid-19 durante o fim de semana, alguns de uma mesma escola”, conta a subsecretária de Gestão de Pessoas, Ana Paula Aguiar. “Mas posso dizer que, de forma geral, podemos considerar a situação satisfatória nesse início de 2022.”
A rede pública de ensino receberá no ano letivo de 2022 mais de 430 mil estudantes. O número é sensivelmente menor do que os 458 mil registrados em 2021. A queda está dentro da tendência dos últimos anos — quando o número total de matrículas saiu de 462 mil em 2019 para 454 mil em 2020.
A secretária Hélvia Paranaguá explica que, mesmo diante do decréscimo das matrículas totais, a rede pública do DF passa por um momento de ajuste. Segundo ela, como os ensinos integral e especial estão crescendo, o número de salas de aula das turmas regulares vem diminuindo.
Isso acontece porque uma escola que atende dois mil alunos regulares passa a atender mil quando é transformada em integral – pelo fato de este passar o dia inteiro na escola, enquanto aquele fica só um turno.
A turma regular também é reduzida quando uma criança com deficiência é matriculada. Isso é feito para que o professor tenha condições de dar atenção adequada a todos.
“A nossa meta é aumentar o ensino integral cada vez mais, o que vai pressionar o ensino regular. Por isso, temos que construir muitas escolas, para dar vazão a esse aumento de demanda por causa da reconfiguração do sistema educacional”, explica a secretária de Educação. “Este é o motivo pelo qual vemos escolas com muitos estudantes e turmas um pouco mais numerosas neste ano.”
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Nos últimos três anos, as matrículas integrais cresceram. No ensino fundamental, por exemplo, em 2018 havia 21 mil matrículas de alunos 100% integrais, ou seja, ficam na escola até dez horas diárias. Em 2020, esse número subiu para 26 mil e chegou a 27 mil matrículas no ano passado.
No ensino médio, a tendência também é de alta. O número de matrículas do tempo integral era de 2.855 em 2018. Manteve-se praticamente no mesmo patamar em 2019, mas deu um salto para 4.618 em 2020 e chegou a 5.340 no ano passado.
Quanto mais matrículas no ensino integral, menos salas de aula disponíveis para o ensino regular. Daí a necessidade de construção de novas escolas. Só neste ano, há 18 delas sendo erguidas, para serem entregues nos próximos meses. Esse número sobe para 52 se somadas as que já estão em processo de licitação e as que têm previsão de ser licitadas ainda este ano.
Obras em execução | Nº salas de aula | Capacidade alunos | Valor R$ |
CAIC Castello Branco (Reconstrução) | 22 | 1.120 | 10.456.014,24 |
CEM 10 De Ceilândia (Reforma Geral) | 17 | 1.280 | 5.078.233,60 |
CEPI Qd 109 Recanto Das Emas | 10 | 188 | 4.038.009,81 |
CEPI Qd 23 Planaltina | 10 | 188 | 4.139.568,48 |
CEPI Eq 01/02 Gama | 10 | 188 | 4.282.019,12 |
EC 52 (Reconstrução) | 19 | 1.254 | 8.033.310,99 |
EC 59 De Ceilândia (Reconstrução) | 14 | 840 | 6.089.958,68 |
EC Qd 203 Itapoã | 19 | 1.254 | 8.389.197,25 |
EC 304 Recanto Das Emas | 19 | 1.254 | 9.918.999,82 |
Escola Técnica De Santa Maria | 12 | 2.400 | 11.851.515,59 |
Escola Técnica Do Paranoá | 12 | 2.400 | 12.300.000,00 |
CEPI Gama Vila Dvo | 10 | 188 | 3.747.268,10 |
CEPI 201 Santa Maria | 10 | 188 | 4.218.278,13 |
CEPI Eqnp 8/12 Ceilândia | 10 | 188 | 4.248.735,16 |
CEPI Qd 112 Recanto Das Emas | 10 | 188 | 4.860.190,27 |
EC 502 Do Itapoã | 17 | 1.360 | 12.700.000,00 |
EC 401 Do Itapoã | 17 | 1.360 | 12.700.000,00 |
CEPI Vila Telebrasília | 10 | 188 | 4.807.580,15 |
Total | 248 | 16.026 | 131.858.879,39 |