Teste aponta alimentos e preparos preferidos, a partir da visão dos alunos
Málcia Afonso, Thaís Rohrer, Carol Guitton Leal e Nayara Oliveira | Ascom/SEEDF
Kaynan, do CEF 113 do Recanto, com o prato raspado: “o peixe está muito bom”. Foto: Álvaro Henrique | Ascom/SEEDF
Entre a última segunda-feira, 22, e ontem, 24, 240 estudantes de três escolas públicas do Distrito Federal degustaram a merenda planejada para o ano letivo de 2022. A partir da opinião deles, a Diretoria de Alimentação Escolar fará a classificação de quais os preparos e alimentos preferidos e quais os que as crianças e jovens rejeitam. A análise será publicada nos próximos dias e servirá para a escolha final do cardápio do ano que vem.
O teste de aceitabilidade ocorreu no Centro de Ensino Médio 7 de Taguatinga, no Centro de Ensino Fundamental 113 do Recanto das Emas e no Centro Educacional 619 de Samambaia. Os estudantes puderam provar desde o café da manhã até o último lanche do dia. Depois, responderam um questionário dando as impressões sobre a comida.
Carlos Eduardo, do CED 619 de Samambaia, aprovou o pão com carne. Foto: Mary Leal | Ascom/SEEDF
No CEM 7 de Taguatinga, Maria Fernanda Rodrigues, que cursa a 2º série do Ensino Médio, aprovou o estrogonofe de frango com arroz e salada, um dos pratos propostos para o ano que vem. “A ideia deste projeto é muito boa”, opina, feliz por participar da decisão sobre que preparos serão servidos em 2022. “Gostei do estrogonofe, muito saboroso. Atendeu as expectativas.”
Mas a colega Aide Camille, da mesma série, esclareceu que alguns itens ainda devem ser acrescentados no cardápio: “Faltou algum molho ou suco para completar“, reclama, referindo-se à secura do prato.
Kaynan de Souza cursa o 6º ano no CEF 113 do Recanto das Emas. Ele afirma não gostar de todas as opções oferecidas no cardápio, a exemplo do pão com carne, mas que gosta de estrogonofe, frango, galinhada, vitamina de banana e peixe, este último servido no dia em que ele participou da prova. “O peixe está muito bom, bem temperado. Eu nem estava com fome, mas comi tudo porque estava muito bom“, conta o estudante.
Carlos Eduardo Bezerra, estudante CED 619 de Samambaia, conta que se sentiu valorizado e ouvido com a possibilidade da Prova de Cardápios na escola. “Eu gosto da merenda, acho que é importante para todos nós. A merenda ajuda em muitos aspectos, inclusive na concentração”, afirma.
Vera Lúcia, merendeira há 10 anos no CEF 113 do Recanto: “Quanto tem galinhada, farofa ou estrogonofe não sobra nada”. Foto: Mary Leal | Ascom/SEEDF
Vera Lúcia de Olinda Nogueira, 40 anos, merendeira desde 2011 no CEF 113 do Recanto, conta que ali os pratos preferidos são galinhada, farofa e estrogonofe. “Quando tem isso, não sobra nada”, sorri. “Sou apaixonada por estar na escola. Meu sonho era ser professora e não consegui, mas estar na cantina para mim é um presente de Deus.”
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A Diretora de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação do DF, Fernanda Melo, explica que essa Prova de Cardápios é importante para elevar ainda mais o nível da merenda nas escolas. Segundo ela, além de garantir a variedade, vai permitir que as receitas estejam também de acordo com as expectativas dos alunos. “A opinião dos nossos estudantes é importante e fazemos tudo para preparar as melhores opções para eles. Vamos mapear as respostas dos testes de aceitabilidade e deixar o cardápio e as receitas bem saudáveis e gostosas”, conta.
A nutricionista Juliene Santos, responsável técnica pelo programa Alimentação Escolar do DF, vê ganhos em ouvir a opinião da “clientela”. “Percebemos que os estudantes estão tendo acesso a um lanche equilibrado nutricionalmente, mas também muito saboroso. Isso é bem gratificante”, diz.
A alimentação escolar na rede pública de ensino atendem 430 mil crianças e adolescentes em todo o Distrito Federal. Por ano, são servidas mais de 84 milhões de refeições e distribuídos aproximadamente 746 toneladas mensais de alimentos, em 59 diferentes tipos de produtos.
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