Rossana Gasparini, Ascom/SEEDF
Estudantes do ensino médio do Centro Educacional 05 de Taguatinga tiveram uma aula bem diferente nesta quarta-feira (09). Eles participaram do projeto Doador do Futuro, desenvolvido pela Fundação Hemocentro de Brasília (FHB). Na sede do Hemocentro, na Asa Norte, puderam conhecer toda a estrutura e tecnologia que o local possui para receber e tratar o sangue doado em um tour interativo, acompanhados pela assistente social do Núcleo de Captação e Orientação de Doares, Carla Prado.
Ela mostrou aos alunos como são realizados todos os procedimentos para a doação, desde a pré-triagem até o momento da coleta do sangue. Também explicou que o sangue, já nas bolsas coletoras, passa por um processo de separação, em que são isoladas as plaquetas, o plasma e as hemácias, que podem servir para tipos diferentes de transfusão.
“Estamos estimulando a cultura da doação de sangue desde a juventude. Nosso foco maior são os jovens que já estão em idade de doação para, justamente, mesclar o estímulo da vida saudável, composta por uma boa alimentação, evitando o uso de drogas e a multiplicidade de parceiros sexuais, com a oportunidade de salvar vidas, que é o ato solidário da doação”, disse.
Depois, os estudantes também puderam doar sangue. Desde 2016, uma portaria do Ministério da Saúde passou a permitir que jovens de 16 e 17 anos também fossem doadores. Por isso, os alunos do CED 05 de Taguatinga já foram ao Hemocentro preparados. Com a autorização dos responsáveis, passaram por todas as etapas até chegar ao grande momento: fazer uma boa ação doando sangue e ajudando o próximo.
Esta foi a segunda vez que Ana Carolina da Cruz Teixeira, do 2º ano, doou sangue. “É bem tranquilo, não dói nada e a gente ainda pode ajudar outras pessoas que estão precisando”, conta.
Além de fazer uma boa ação, os estudantes também tiveram uma aula prática de biologia. Foi uma aula fora das salas convencionais em que eles puderam visualizar os componentes do sangue, aprender sobre o fator RH, que pode ser negativo ou positivo, e sobre os grupos sanguíneos (A, B, O e AB).
Para a professora de biologia Tatiene Rabelo do Amaral Costa a iniciativa do
Hemocentro ajuda os alunos a fixarem o conteúdo e a entenderem a importância de se doar sangue. “Nesta fase, os estudantes do 2º ano, por exemplo, estão começando a aprender sobre grupos sanguíneos e sobre genética. Assim, eles podem ver tudo isso bem de perto e ao vivo, fixando ainda mais o conteúdo”.