Alunos do quarto ano da Escola Classe 415 Norte, no Plano Piloto, tiveram uma tarde de conscientização ambiental nesta quinta-feira (19).
A iniciativa faz parte de um conjunto de ações que visam minimizar e controlar os impactos ambientais da construção do Trevo de Triagem Norte.
Os 26 estudantes da turma participaram de oficina de origami, pintura de rosto e palestra sobre recursos naturais, como o ar e o solo, e sobre a importância do uso racional da água.
O ponto alto foi o plantio de uma muda de ipê-rosa ao lado da escola. “É uma árvore que vai ficar muito bonita. Quero plantar mais”, disse, animado, Pietro Trevizan, de 9 anos.
A vice-diretora, Márcia Maria de Moraes, disse que questões relacionadas ao meio ambiente já permeiam a rotina escolar e que iniciativas como essa são fundamentais para auxiliar a formação das crianças.
“Tudo o que a gente pode trazer de prática para elas é muito bem-vindo. Essa vem para reforçar o que fazemos aqui”, agradeceu.
As atividades foram coordenadas pela empresa fiscalizadora da obra, a Serviços Técnicos de Engenharia (STE).
O trabalho de conscientização no colégio levou Pietro, por exemplo, a motivar os pais a reaproveitarem a água da máquina de lavar roupa para a limpeza da calçada.
A colega de turma Juliana Della Penna, também de 9 anos, contou que utiliza em casa outra técnica aprendida na escola. “A gente coloca uma garrafa de 1 litro dentro da descarga para economizar.”
O projeto atende mais quatro turmas da mesma unidade pública de ensino — cerca de 100 alunos.
De acordo com o supervisor ambiental da STE, Ruy Tolentino, mais três escolas na zona de impacto direto das obras serão visitadas:
Escola Classe Olhos D’Água (Lago Norte)
Centro de Ensino Fundamental 1 do Lago Norte
Centro de Ensino Médio Paulo Freire (610 Norte)
O Trevo de Triagem Norte é composto por 16 obras, entre pontes (duas) e viadutos (14). O objetivo é eliminar os pontos de conflito e distribuir tráfego de veículos com destino ao Plano Piloto, com acesso ao Eixão Norte e Sul, à W3, aos Eixinhos Leste e Oeste e à L2.
As benfeitorias estão orçadas em R$ 207 milhões — R$ 146 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), R$ 51 milhões de contrapartida do governo de Brasília e R$ 10 milhões da Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap).