Visita a alunos que vinham faltando às aulas dá início a projeto contra vulnerabilidade social
Por Aldenora Moraes | Ascom/SEEDF
Onde nada parecia florescer surgiu a esperança. Essa é a constatação da supervisora pedagógica Agda Regina dos Santos que, juntamente com o diretor João Paulo, da Escola Classe 215, de Santa Maria, identificaram os estudantes que não estavam realizando as atividades escolares e resolveram visitá-los.
“Ao chegarmos à casa dos estudantes de nove e 10 anos de idade compreendemos porque os alunos não estavam participando das atividades. A situação era de muita vulnerabilidade social, o saneamento básico estava comprometido, havia infiltração na casa, falta de pintura e móveis, até a higiene era precária”, explica Agda.
A situação exigia uma iniciativa capaz de mudar o contexto em que a família vivia. Surgiu então o projeto Beija-flor, uma referência à fábula onde a empatia vence a desesperança com a participação de todos. Os professores, os gestores, pais de estudantes, alunos e até desconhecidos se uniram em prol de ajudar a família em várias frentes, desde a reforma da casa, à orientação sobre benefícios oferecidos pelo governo, doação de móveis, roupas e utensílios e atendimento médico.
No episódio desta semana do podcast EducaDF, vamos conhecer a mudança na situação de vulnerabilidade de uma família de Santa Maria a partir da escola onde os filhos estudam. Os gestores da Escola Classe 215 constataram que alunos não estavam participando das atividades escolares. Ao visitá-los foram impactados pela condição na qual os estudantes viviam. Assim surgiu o projeto Beija-flor, que por meio de ajuda da comunidade escolar tem reformado a casa e auxiliado a família a criar novas expectativas. Confira o episódio nas plataformas de áudio. →
Segundo o professor Daniel Bandeira, “iniciativas como essa revelam a ação humana da escola que não se restringe a ensinar. Ações entre a escola, família e comunidade geram aprendizados para a vida inteira. Isso mostra o quanto precisamos uns dos outros”, destaca.
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De acordo com a psicóloga Sara Nunes, é compreensível que a família tenha perdido todas as expectativas. “Nesta pandemia, as pessoas têm vivenciado perdas e isso contribui para um quadro de desânimo. O sofrimento proveniente do luto, o crescente desemprego, a fragilidade das relações humanas resultam em falta de esperança. Ao se depararem com uma comunidade disposta a ajudá-los, os membros dessa família podem reinventar suas vidas e buscar a concretização dos sonhos, a realização profissional e afetiva”, acredita.
Para ajudar a família, basta entrar em contato com o diretor da escola ou com a supervisora:
João Paulo (61)99235-9563 e Agda Regina (61)99115-0670