Thaís Rohrer, Ascom/SEEDF
No Dia Mundial da Água, 22 de março, o recurso hídrico é a estrela no Fórum dedicado a ele. E os estudantes da Secretaria de Estado de Educação do DF celebram a água com 16 projetos no evento com exposição de iniciativas sobre essa temática.
O Centro Educacional 7 de Ceilândia é uma das escolas. A unidade possui um sistema de captação da água da chuva que consegue guardar 60 mil litros. O sistema é feito com calhas, instaladas em um dos blocos do colégio. A água é encaminhada para três tanques, cada um com capacidade para 20 mil litros.
“Usamos a água captada para molhar a horta da escola e lavar várias áreas no local. Estamos muito mais conscientes e engajados no debate sobre a importância de boas práticas com água”, frisa a estudante Vitória Desidério, 17 anos. Ela foi uma das estudantes escolhidas para apresentar o projeto no encontro internacional.
A ideia do sistema de captação da água surgiu de ex-alunos da escola em um trabalho de finalização da graduação em engenharia. “Quando os estudantes vieram com o projeto nós logo apoiamos. Os professores participaram de todo o processo e os conteúdos são trabalhados em sala de aula de maneira multidisciplinar”, Adriana Rabelo, vice-diretora do CED 7.
Outra iniciativa da Secretaria que participou do Fórum foi o programa “Águas do Monjolo. De onde vem? Para onde vai?”, da Escola Classe Monjolo.
Giselly Silva, 12 anos, cursa o 7º ano e participou do projeto desde o inicio, em 2015. Ela conta que o trabalho com a água, educação ambiental e sustentabilidade revolucionou a visão da comunidade sobre a importância da água. “Eu moro próxima à escola e percebi que as pessoas pararam de poluir o córrego que fica ali próximo. Todo mundo está bem mais consciente no uso da água”, destaca.
O projeto começou com a construção da fossa ecológica para conscientizar os estudantes e a comunidade do uso da água sem poluição. Depois disso, várias ações foram desencadeadas como: horta, sistemas de reuso da água, receitas que aproveitam as partes dos alimentos consideradas menos nobres, entre outras.
“Além do movimento com os estudantes sobre a importância da água, toda a comunidade foi envolvida. Pais dos alunos, estudantes do EJA (Educação de Jovens e Adultos) e seus familiares se envolveram demais nesse projeto. Cada um contribuiu no que podia e as coias foram acontecendo.
Queremos ampliar o projeto com novas ações até 2019”, conta Cleusa Macedo, coordenadora pedagógica da Escola Classe Monjolo.