Inscrições para estudar na rede pública estão abertas até dezembro – não deixe para a última hora!
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Thais Rohrer – Ascom/SEEDF
Ações voltadas à aprendizagem efetiva, revisão de conteúdos de 2020 e fortalecimento do processo de alfabetização e das estratégias pedagógicas dos ciclos estão entre os eixos que serão trabalhados com os estudantes do 1º ao 9º ano, no próximo ano letivo. Os alunos do Ensino Fundamental da rede pública de ensino do Distrito Federal irão estudar em 2021, a partir de três projetos principais: Trilhar, Aprender Mais e outro para trabalhar a correção de fluxo.
Diante das peculiaridades do ano de 2020, a Diretoria de Ensino Fundamental (DIEF), da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), propôs um replanejamento curricular, partindo do Currículo em Movimento com o objetivo de recuperar as aprendizagens desse ano. Concomitante a essa ação, segue o planejamento previsto para o ano letivo de 2021.
O Trilhar é um importante projeto idealizado para o próximo ano. Ele é voltado ao fortalecimento da alfabetização para os anos iniciais. A ideia é que sejam consideradas as características de cada estudante ou turma nesse processo, assim poderá ser feito um diagnóstico da aprendizagem de cada aluno para que ocorra a revisão e o fortalecimento dos conteúdos anteriores. Após essa consolidação, os professores avançam em novos pontos.
“Nosso objetivo é oferecer educação de qualidade e oportunizar o processo de aprendizagem através de projetos que contemplem a nova realidade. 2020 foi um ano de muita produção e planejamento para que em 2021 consigamos trazer e propor soluções para nossas unidades escolares”, destaca a diretora de Ensino Fundamental, SEEDF, Ana Carolina Tavares.
✎◞ Aprendizado colaborativo |
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As ações e projetos para o Ensino Fundamental foram construídos a partir das consultas e devolutivas que os professores, estudantes e demais profissionais da educação passam para SEEDF ao longo do ano. Essa metodologia colaborativa é que mantém atual as ações diante dos desafios do ensino impostos pelos tempos atuais.
Dessa construção participativa também nasceu o projeto Aprender Mais, centrado no fortalecimento dos anos finais do Ensino Fundamental. Esse período, do 6º ao 9º ano, é um importante momento em que o estudante já solidificou o processo de alfabetização e entra no universo de conteúdos mais complexos, relacionados à interpretação e produção textual, matemática, ciências, entre outras habilidades.
Os alunos serão ainda mais estimulados ao protagonismo no processo educacional participando ativamente com sugestões e ideias dentro das suas unidades escolares.
Também está sendo desenvolvido um projeto de correção de fluxo com objetivo de minimizar os desafios da distorção idade-ano.
✎◞ Escola e família unidas |
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O acolhimento e a dedicação dos profissionais da SEEDF para que a aprendizagem aconteça de maneira colaborativa, efetiva e com integração professor/aluno foram vivenciadas em várias unidades da SEEDF. Uma delas é a Escola Classe Incra 6, localizada na zona rural de Brazlândia, que se mostrou criativa nesse contexto de 2020.
Os desafios impostos pela pandemia também fazem parte do novo normal na educação. A Escola Classe Incra 6 se adaptou rapidamente a esse cenário e trouxe várias opções para que nenhum estudante fosse esquecido. Conteúdos ficam disponíveis pelo Google Sala de Aula, tira-dúvidas e vídeos pelo WhatsApp, materiais impressos, sala da formação na plataforma on-line da SEEDF para os docentes, entre outras opções.
O objetivo da escola foi estreitar ainda mais as relações entre escola, família e estudante. O feedback dos pais tem sido positivo. “O processo de adaptação na escola esse ano foi tranquilo, a direção e professores são atenciosos e disponíveis. E a dinâmica: aula no Meet, apostila e plataforma atendem nossas expectativas, enquanto família, para a aprendizagem dele. Nos sentimos muito acolhidos pela escola, que é um local que tem grande valor sentimental, pois o pai e os tios do Hiroshi estudaram ali”, conta Liliane Leão, que é mãe do pequeno Hiroshi, de 8 anos.
Além das aulas, a Escola Classe Incra 6 investiu em outras atividades dinâmicas como a Jornada Literária do DF. Nela, os estudantes participaram de oficinas de mediação de leitura, desenvolveram fichas literárias e tiveram o ápice do projeto com o encontro virtual entre os autores dos livros e os estudantes.
“A literatura ajuda a lidar melhor com os processos de construção das aprendizagens escolares, mas atua ainda com muito mais profundidade nos processos de construção do Eu daqueles para quem as portas da imaginação e da sensibilidade são abertas pelos livros. A literatura aguça a percepção e mexe com as emoções de pessoas de todas as idades, para tudo que as cerca e para tudo o que elas carregam dentro de si. Ela é propulsora de entendimentos, e também de sentimentos, de relações”, frisa a supervisora pedagógica da escola, Edinéia Alves.
✎◞ Expectativas para 2021 |
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Professores, diretores, familiares, estudantes e demais servidores entrevistados na reportagem resumem que esse período de pandemia deixa um legado importante para a educação: a reinvenção no processo de aprendizagem. O ensino ficou mais dinâmico porque precisou se valer de novos recursos, atualização do modo de aprender e ensinar, utilização das tecnologias para interação social e muito apoio das famílias em todo esse tempo.
Os vários desafios ultrapassados pelos profissionais da educação em 2020 são peças fundamentais para o próximo ano que se aproxima. Diante desse cenário, a diretora da Escola Classe Incra 6, Juliana Barbosa, fala das expectativas para 2021: “sabemos que será um ano atípico, assim como foi 2020, mas será mais tranquilo porque aprendemos muito esse ano. Fizemos muitas adaptações, erramos, acertamos, replanejamos, tentamos de novo. Fizemos de várias formas diferentes! Agora, já temos uma experiência para saber o que dá certo. O ano de 2020 agregou muito e vamos continuar com a formação dos professores e interação com as famílias dos estudantes. E, quando for possível, retornaremos para sala de aula de uma forma muito mais dinâmica, didática e tecnológica”.
* Fotos produzidas antes da pandemia da Covid-19.