O CIL 01 de Brasília, recebeu, nesta quarta-feira (1°), diversos educadores no curso de formação “Mensageiros da Água”. O projeto é uma parceria da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF) com a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) e a Subsecretaria de Vigilância à Saúde do DF (SVS/SESDF). A finalidade é possibilitar que representantes levem a temática para as comunidades escolares, se tornem agentes de mobilização e mediadores de política pública de uso sustentável da água.
A iniciativa começou no ano passado e os encontros de formação certificaram 413 participantes. Em 2017, 296 educadores assinaram o termo de compromisso de mensageiro da água – que entre as atribuições está promover debates com a comunidade escolar sobre a crise hídrica.
Alione Francisca Figueiredo, supervisora pedagógica da Escola Classe 46 de Ceilândia, participa pelo segundo ano do curso e vê resultados, “com a crise hídrica, esse projeto nos ajuda a abrir os olhos dos alunos e envolvê-los nas soluções”, detalha.
Fernandes Martins Pereira é um estreante. O orientador educacional da Escola Classe Bela Vista em São Sebastião já tem um plano de como fazer a diferença. “Vou absorver o máximo de conhecimento para contribuir com os professores, alunos e comunidade. Vai enriquecer nosso trabalho”, finaliza.
Por conta da crise hídrica e o armazenamento da água em residências, o mosquito Aedes aegypti também entrou na pauta do encontro. A bióloga da Secretaria de Saúde Lorrainy Bartasson alerta que esta armazenagem pode gerar criadouros do inseto nas casa e escolas. “Nosso objetivo é promover a mudança de hábito. Por exemplo, fazer uma vistoria a cada sete dias, que é o tempo de incubação de novos mosquitos”, conta. E completa: “Trazemos essas informações para que os educadores levem esses conhecimentos para as escolas e comunidades”.
Segundo Erika Radespeiel, pedagoga da CAESB em educação ambiental, a proposta do curso é fazer o profissional da educação refletir sobre o consumo da água na escola. “Assim, fazer o aluno refletir sobre o consumo na sua própria casa”, explica. Mesmo com os níveis dos reservatórios hídricos do DF subindo, não haverá alívio. “Vamos intensificar o projeto. Cada escola deverá ter, pelo menos, um verdadeiro mobilizador em favor do consumo consciente da água”, conclui Erika.
Isabel Cristina Campos de Andrade, gerente de Educação Ambiental Patrimonial, Língua Estrangeira e Arte Educação da SEEDF, revela a expectativa para os Mensageiros da Água este ano. “Queremos alcançar todas as escolas públicas do DF”, conta.
O “Mensageiros da Água” é um dos projetos que representará a SEEDF no 8º Fórum Mundial da Água que acontecerá entre 18 e 23 de março em Brasília. “É uma vitória garantir essa participação no fórum. Temos que aproveitar a oportunidade de mostrar nossas escolas”, comemora Isabel.