O colégio tem 330 estudantes de ensino infantil e está recebendo melhorias no telhado e rede elétrica
Lúcio Flávio | Edição: Isabel de Agostini, da Agência Brasília
Baiana de Irecê, há quatro anos Rita Sumaria vive em Vicente Pires. Mudou para cidade por conta da feira do produtor, onde tem uma banca em que vende ervas medicinais, temperos, especiarias e castanhas. A primeira preocupação quando chegou à RA, foi encontrar uma vaga para o filho de sete anos estudar. Encontrou a Escola Classe Vicente Pires, atualmente passando por reformas significativas em sua estrutura, algumas pela primeira vez, em 30 anos.
“Fiquei bastante feliz em saber que a escola está sendo reformada, o lugar estava bastante decaído mesmo, estava precisando”, comenta Rita. “Vai melhorar para os estudantes, que terão mais conforto”, observa.
Criada ainda quando a cidade era uma colônia agrícola, o espaço é uma das duas instituições da região administrativa dedicada ao ensino básico. Ao todo, são 330 alunos que, quando retornarem aos estudos, vão encontrar o lugar parcialmente novo. Faz parte da primeira etapa de revitalização da Escola Classe de Vicente Pires, graças à verba vinda do GDF, via contrato de manutenção da Secretaria de Educação.
“Batalhamos muito por essas manutenções que eram essenciais, os últimos reparos foram há 12 anos, em algumas partes da escola, nem isso, ou seja, nunca tinha passado por reformas, não podiam mais ser adiadas”, conta a diretora Karine Lopes Gonçalves, há poucos meses no cargo, desde janeiro deste ano. “Já entrei com o pé direito, bem no meio de obras, foi no susto”, brinca ela, que começou carreira na escola como professora.
Os reparos emergenciais os quais a diretora menciona são as trocas do telhado, forro e de parte da estrutura elétrica. Ela conta que a ideia inicial era mudar apenas a cobertura original de 30 anos atrás. Mas uma avaliação da parte superior dos pavilhões mostrou que o caso exigia uma reforma. “A princípio a gente só tinha conseguido verba para troca das telhas, mas vimos que todo o madeiramento e parte elétrica estavam comprometidos, muito deteriorado”, lembra.
Assim, o novo telhado das sete salas de aulas e da parte administrativa da escola ganhou estrutura metálica, os forros aglomerados, feitos de madeira e material sintético, trocados pelo de PVC. E não apenas isso. A rede elétrica foi turbinada por eletrocalhas, eletrodutos, quadros de distribuição, luminárias e interruptores modernos. “Quando chovia, era preciso colocar balde para as goteiras, ficamos remediando essa situação”, não esquece a diretora. “Agora esses problemas acabaram”, garante.
Para quem passa do lado de fora, outra mudança visível. A fachada externa ganhou novo colorido, mais vivo e chamativo. “Achei bem legal, pelo menos uma coisa boa que fizeram pela escola que estava bem apagada”, repara Ionete Pereira da Silva, mãe da pequena Natália, cursando o 3ª ano do ensino fundamental.
Agora o desafio da diretora Karine Lopes é conseguir verba para a segunda etapa das obras. O que vai possibilitar trocar as grades de arame por muro e revitalizar o parquinho. “Temos outras necessidades, o meu desafio é atender essas demandas, junto ao apoio dos parlamentares”, planeja. “Precisamos construir um muro, porque com as grandes, quem passa lá fora vê tudo aqui dentro. E claro, um espaço lúdico para as crianças, já que é uma escola infantil”, defende.