Ao todo, a Secretaria de Educação investiu R$ 800 mil na reforma das escolas e da biblioteca. Centro Interescolar de Línguas passará a receber até três mil alunos
Ary Filgueira, da Agência Brasília
Monteiro Lobato, criador do universo do Sítio do Picapau Amarelo, é um dos escritores brasileiros mais identificados com as escolas. Suas obras atravessaram gerações estudantis por décadas mesmo após sua morte. Por isso, não é difícil encontrar seu nome emprestado a escolas, salas de leitura, bibliotecas ou outros tipos de espaços estudantis ou culturais. Em Planaltina não é diferente. A principal biblioteca pública da região administrativa chama-se Monteiro Lobato.
E, para alegria dos frequentadores, agora a Biblioteca Escolar Comunitária Monteiro Lobato, situada no Setor Educacional de Planaltina, está ainda mais atraente. Ganhou revestimento no teto, o que deixa o ambiente mais fresco, cabines para leitura, refeitório, redes novas de energia e hidráulica e ar condicionado. Mudanças que impressionam. “É a primeira vez que temos ar-condicionado aqui”, confessou a coordenadora da biblioteca, Salete Vieira. Segundo ela, é a primeira reforma do local desde a sua fundação, em 1977.
As melhorias na Biblioteca Monteiro Lobato mostram que, em Planaltina, ninguém ficou desassistido. Os repasses para reformas e reparos impactaram maciçamente as escolas, beneficiando 36 unidades estudantis, entre as quais centros educacionais, escolas classes e infantis.
Daqui a um mês, o Centro Interescolar de Línguas de Planaltina (CIL) funcionará também durante o dia. É que a unidade está de mudança para o lugar onde funciona a Coordenação da Regional de Ensino (CRE). Estão em construção 12 salas, além de toda uma estrutura para receber três mil alunos.
Atualmente, o CIL funciona em outra escola. Por isso, as aulas só podem ocorrer à noite, único horário em que não há aulas de ensino regular. “Vai ficar muito lindo aqui. Faremos jardinagem e espaço de convivência”, disse o coordenador-regional, Bento Reis, que liberou a sede da coordenação para acomodar as aulas de idiomas.
Espaço, por sinal, é o que não falta na Escola Classe 06. O problema é que, mesmo com tanta área, o colégio só agora deve ganhar um jardim, com gramado e árvores, afirma o novo diretor, Jáder Campos. Além disso, as 13 salas e a fachada receberam pintura nova. Os alunos poderão contar com uma sala de vídeo e outra de orientação pedagógica individualizada. Os professores não ficaram escanteados na reforma. A sala deles, que antes não tinha ventilação, agora ganhará janelas grandes.
Na Escola Classe Paraná, que também passa por reformas, a vegetação foi prestigiada. Além de pintura das salas, do pátio e do departamento administrativo, a secretaria mudou de lugar. Não dá mais acesso ao local dos estudantes. “Antes, os pais tinham total acesso aos alunos. Já houve caso de alguns pais levarem os filhos para casa sem a autorização da escola”, explica a diretora, Magna Ribeiro.
Ao todo, a Secretaria de Educação (SEE) investiu R$ 800 mil na reforma das escolas e da biblioteca. Alunos, professores, a obra e o nome de Monteiro Lobato, que agora ficarão em sala climatizada e moderna, agradecem.