Thaís Rohrer, Ascom/SEEDF
No Dia do Mundial do Meio ambiente (5/6), a III Virada Pedagógica trouxe o tema Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável. O setor engloba uma visão de economia sustentável, desenvolvimento de tecnologias e estudos de patrimônio biológico de forma consciente.
O evento, que ocorreu no auditório do Centro Universitário Iesb, veio com a missão de trazer subsídios para os professores repensarem as práticas desenvolvidas nas escolas, bem como formas de aprimorar o trabalho que já é desenvolvido na rede pública. O assunto bioeconomia norteou os debates e oficinas.
“É um importante evento para a formação dos professores seguir no processo de conhecimento constante. Nossa proposta é um abraço em que ninguém seja diferente e que todos tenham a mesma oportunidade”, ressaltou a subsecretária de Educação Inclusiva e Integral da SEEDF, Vera Barros. A diretora de Educação Integral da SEEDF, Amélia Nakao, completou: “Esse é o momento em que há um encontro de experiências para inspirar nosso trabalho”.
A abertura da Virada contou com a apresentação musical, voz e violão, de Fernando Rodrigo e Edinaldo das Neves, deficientes visuais integrantes do Centro de Ensino Especial para Deficientes Visuais (CEEDV). Pensando na inclusão, a atividade contou também com profissionais para transmitir as informações por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras)
A biotecnologia foi mostrada como uma possibilidade para rotas tecnológicas eficazes na vida equilibrada entre sociedade e meio ambiente. O subsecretário de Programas Estratégicos da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo do DF (Setic-DF), Rafael de Sá, mostrou que o tema engloba vários setores da sociedade.
“É importante que as áreas se conectem para que os estudos e as ações sejam construídas de maneira integrada. Esse conhecimento traz soluções para a população”, afirmou Rafael de Sá. Ele destacou que o Brasil é referência no desenvolvimento de tecnologia e uso do patrimônio biogenético.
As informações e dados apresentados por Rafael destacaram a relevância da inclusão de ações rotineiras nas escolas que multipliquem ações para manutenção da biodiversidade.
“Temos que usar a inteligência para conservar nossa biodiversidade, já que ela é muito vasta no Brasil. O foco deveria ser na bioeconomia, e não, a economia tributária”, afirmou Carlos Bergo, presidente do Conselho Regional de Economia do DF (Corecon-DF), que também levou contribuições para a Virada.
O jornalista e empreendedor Guilherme Portanova empolgou os professores apresentando vários cases de sucesso de empresas que utilizam tecnologias sustentáveis e ações em consonância com as necessidades da sociedade.
“A chave desse momento não é só o uso de tecnologias e boas ideias. As empresas e projetos devem ser capazes de melhorar a realidade social. A gente precisa ter mais alma nos negócios para eles tenham impacto social”, comentou Portanova, que é engajado em atividades ligadas à sustentabilidade.
Ele destacou que o modelo em que produtor e cliente estavam separados já está esgotado. Hoje, todas as partes do processo são ativas e devem ser consideradas. Os exemplos de soluções de empresas que impactam a vida de comunidades de forma positiva inspiraram professores do local.
“Quando vemos outras ideias que deram certo, pensamos em estratégias que podem ser trabalhadas em sala de aula e gerar frutos”, frisou a professora Maria Regina.