Aldenora Moraes, Ascom/SEEDF
Dores insuportáveis nas articulações, dor de cabeça extrema, vômito, boca seca e amarga são alguns dos sintomas que, no ano passado, a diretora da Escola Classe 03 de Planaltina, Larissa Lúcia Ludovico, experimentou ao ser infectada pelo vírus zika. “Foi terrível”, lamenta Larissa.
Dengue, zika e chikungunya são vírus transmitidos pela picada do mosquito Aedes aegypti, infectado. “Mesmo após ter passado o pior período ainda senti dores no corpo por quase seis meses”, relembra a diretora.
Neste ano, a EC 03 de Planaltina, embora realize ações de combate à dengue ao longo do ano, promoveu uma caminhada de conscientização que reuniu aproximadamente 500 estudantes da unidade escolar e é lembrada com orgulho.
“Todos os anos trabalhamos o tema na escola, mas neste ano, nossa realidade é que temos alunos e professores que tiveram ou têm o vírus. Era preciso uma ação mais efetiva. O mosquito não fica restrito ao meu quintal, no processo de eliminação dos focos, cada um precisa trabalhar no combate porque pode matar”, destaca Larissa Lúcia, sobre a importância das ações no âmbito da Rede Distrital de Educação.
As ações não se restringem à CRE Planaltina, na Escola Classe 08 do Guará. A partir do tema “Vamos acabar com a festa do Aedes”, alunos, professores, pais e responsáveis participaram de uma ação com teatro infantil, apresentação musical e contação de histórias.
O objetivo também foi ressaltar a importância da conscientização para que cada pessoa reconheça sua responsabilidade no combate aos mosquitos.
Para a coordenadora pedagógica da Escola Classe Chapadinha, em Brazlândia, Márcia Araújo, o mais importante é ressaltar que o “cuidado consigo e com o colega” faz a diferença.
A unidade escolar, que é localizada em área rural, tem desenvolvido uma série de ações que envolvem os 207 estudantes da escola. “É um trabalho em parceria com o posto de Saúde Chapadinha e, apenas neste ano, já realizamos por duas vezes. Utilizamos desde fantoches à busca por focos”, explica Márcia.
Outra parceria entre a Secretaria de Saúde e a Secretaria de Educação também tem resultado em ações eficientes. Agentes de saúde visitam escolas, como a EC 405 Norte, por meio do projeto Multiplicador Mirim.
Na escola, a equipe seleciona um grupo de alunos que participam de uma palestra e passam a trabalhar como multiplicadores. Além da palestra, os estudantes assistem a um vídeo e participam de uma oficina de redação e colagem. Por fim, o trabalho é apresentado para mais de 100 alunos.
Para Irany Fernandes, mãe da estudante Giovanna Fernandes, do CEF 305 de Samambaia, todas as ações são muito importantes. “Se cada um fizesse a sua parte, não teríamos tantos casos. Temos um inimigo em comum. As ações nas escolas reforçam a conscientização sobre esse assunto”, acredita.