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Maria da Penha ONLINE Governo do Distrito Federal
14/05/19 às 13h57 - Atualizado em 6/10/22 às 18h57

Plenarinha leva formação a 4 mil professores

 

Guilherme Marinho, Ascom/SEEDF

 

Projeto, que está na 7ª edição, promove o protagonismo infantil no processo pedagógico

 

 

Formação começou com brincadeiras entre os participantes,
Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF

O último dia de formação de professores que atuam na educação infantil do DF acontece nesta terça-feira (14/5). O evento é parte da Plenarinha, um projeto que já chegou à 7ª edição e promove o protagonismo infantil. A cada ano, um assunto é discutido. Dessa vez, o tema é “brincando e encantando com histórias”. Ao todo, em quatro dias de formação, participaram cerca de 4 mil profissionais. O secretário de Educação do Distrito Federal, Rafael Parente, afirma que o projeto é uma iniciativa de sucesso. “É um prazer participar e poder conhecer esse processo de formação, que dura o ano todo. Vejo que é um trabalho de excelência que está sendo feito e desejo que as Plenarinhas contribuam cada vez para o desenvolvimento das nossas crianças”, garante.

 

O encontro começou com duas apresentações muito especiais. Professoras da oficina pedagógica da Coordenação Regional de Ensino (CRE) de Sobradinho contaram a história de um bolinho amanteigado que fugiu da cozinheira, mas acabou devorado por uma raposa. Logo em seguida, a trupe Batucadeiros, usando o corpo como um instrumento de percussão, fez todo o auditório se levantar das cadeiras, cantar e dançar, sempre acompanhado do som de palmas, pés batendo no chão e estalos de dedos.

 

Rafael Parente abre o encontro com professores de 10 CRE do DF, Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF

O dia 9 de abril marcou a abertura oficial da VII Plenarinha da Educação Infantil, o lançamento do caderno guia do projeto e o primeiro dia de formação continuada. Em 16 de abril, professores das CRE de Taguatinga, Ceilândia, Santa Maria e Plano Piloto participaram do encontro. No dia seguinte, os profissionais que atuam nas instituições parceiras da Secretaria de Educação do DF (SEEDF), puderam conferir o projeto. Nesta terça-feira, foi a vez dos professores das outras 10 CRE do DF.

 

A diretora de Educação Infantil da SEEDF, Andreia Martinez, destaca a importância de os estudantes participarem do processo pedagógico. “A Plenarinha é um convite para que, de fato, a crianças vivenciem o protagonismo infantil em cada uma das unidades de ensino da rede. É permitir que as crianças sejam protagonistas no seu desenvolvimento”, ressalta.

 

Leitura

 

Adelaide Paula, palestrante convidada, foi professora por mais de 30 anos nas unidades de ensino do DF, sempre em comunidades periféricas. Usando dessa vivência, a educadora, agora aposentada, resolveu escrever o livor “Depois do arco-íris de uma escola”, no qual o protagonista é uma escola. “As histórias são ficcionadas, mas são reais. Ou aconteceu comigo ou com alguém que eu conheço. É minha forma de homenagear as escolas públicas do brasil”, revela.

 

Professora Adelaide Paula escreveu um livro no qual a escola é a protagonista, Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF

Para Adelaide, o professor precisa se valer do seu próprio gosto pelas fábulas para despertar a paixão nos alunos, e a Plenarinha contribui para que a literatura possa ser mais bem aproveitada dentro das turmas. “Ele (professor) tem que ler em sala. Por exemplo, a gramática internalizada, contextual, que está no texto é a ‘melhor’ gramática. A ideia é criar momentos com o livro dentro de sala, se deixar emocionar com a leitura e assim encantar as crianças”, garante Adelaide.

 

Claudiny Cavalcante é professora na educação infantil há seis anos e atualmente está lotada na Escola Classe (EC) Polo Agrícola da Torre. A educadora acredita que o momento de troca que o projeto proporciona é muito valioso. “A Plenarinha nos dá a oportunidade de lidar com outras pessoas e outras experiências. Por mais que você estude e tenha a experiencia dentro da sala de aula, a vivência do outro vai sempre somar para você. Então, esse encontro faz com que a gente possa receber novos conhecimentos”, conta.

 

Monalisa Matias concorda com a colega. A professora do 1º ano do ensino fundamental da EC 1 da Candangolândia diz que a Plenarinha é uma fonte de informações. “É aqui que a gente vai se nortear e pensar em como trabalhar o assunto proposto. Quando a gente participa de um momento desses, ficamos mais animados”. Para a educadora, a proposta da iniciativa gera efeitos concretos. “Nossa geração vem da escola tradicional e a Plenarinha é o oposto disso. O projeto tem uma ludicidade e isso fica na cabeça da criança. Às vezes é mais fácil você contar uma história do que explicar para uma pessoa pequenininha porque ela deve ficar sentada ou fazer o dever, por exemplo”, finaliza.

 

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