Da Agência Brasília
Atuar para combater a evasão escolar e a distorção entre a idade dos estudantes e o ano cursado é a meta do coordenador da Regional de Ensino do Guará
Professor licenciado em história e servidor da Secretaria de Educação do DF desde 1995, o atual coordenador da Regional de Ensino do Guará, Afrânio de Souza Barros, se revela empenhado em enfrentar desafios que melhorem o ensino público. Ele acumula mais de 20 anos de experiências vividas em sala de aula, como coordenador pedagógico, assistente da Subsecretaria de Educação Básica, assessor da Diretoria de Ensino Médio e diretor do Centro Educacional 4 do Guará. Em entrevista à Agência Brasília, o professor afirmou que vai enfrentar todas as dificuldades com determinação e garra. Segundo ele, as 28 escolas da rede serão atendidas como prioridade e haverá reforço na capacitação de profissionais para atender aos mais de 21 mil alunos. Também é meta de sua gestão reduzir distorção entre a idade dos estudantes e o ano de ensino cursado, assim como diminuir a evasão escolar.
Quais as principais dificuldades enfrentadas pela Regional do Guará?
Assim como outras regionais, aqui temos um grande problema, que é a quantidade insuficiente de vagas para atender à demanda. Hoje, temos 28 escolas para atender 21.541 alunos. Para solucionar isto, já solicitamos à Secretaria de Educação a construção de novas escolas, além de mais salas de aula nas unidades que têm potencial para a expansão. Outras situações graves são a evasão escolar e, ainda, a violência nas escolas. Nossa proposta para essas questões é intensificar os processos de busca ativa dos estudantes infrequentes, em parceria com o Conselho Tutelar; e, para combater a violência, vamos ampliar parceria com a Rede de Proteção da Infância e da Adolescência [Ministério Público do DF], um trabalho que já temos feito no âmbito da Coordenadoria Regional de Ensino do Guará.
Quais as propostas para melhorar o processo de aprendizado dos alunos?
A gente enfrenta uma situação complicada, que é a falta de estrutura física para desenvolvimento dos projetos pedagógicos. Vamos trabalhar junto às direções de escolas para otimizar os recursos existentes do PDAF [Programa de Descentralização Administrativa e Financeira] e buscar emendas parlamentares para viabilizar esses espaços, que são importantes para ofertar melhores condições aos alunos. Vamos também trabalhar para diminuir o distanciamento família-escola. Para isso, vamos promover ciclos de palestras, com o objetivo de orientar os pais para a melhoria do processo educativo dos filhos.
Qual a principal meta da regional?
Queremos ampliar a oferta para a educação infantil e a educação profissional, melhorar os índices do Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] e promover a formação continuada para os diretores e docentes. Queremos mudar a história dos mais de 21 mil alunos da regional. E isso é possível: no último Ideb, contabilizamos uma melhoria de 80% nas notas das escolas que participaram da avaliação.