O evento com a banda Toque Especial destacou a importância da diversidade com muita arte e entusiasmo
Por João Pedro Eliseu, Ascom/SEEDF
Neste sábado, 21 de setembro, é celebrado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. A data foi instituída pela Lei nº 11.133/2005 e está inclusa dentro do calendário escolar da rede pública de ensino do Distrito Federal. O dia, que visa dar visibilidade e trazer conscientização para um tema valioso para a educação e para toda a sociedade, foi celebrado pela Escola Classe (EC) 39 de Taguatinga.
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Em homenagem à luta pelos direitos das pessoas com deficiência (PcD), a escola convidou a banda Toque Especial para uma apresentação musical para os estudantes, realizada na última nesta quinta-feira (19). O grupo, composto por músicos com deficiência, sendo alguns alunos da rede pública de ensino do DF, encantou os alunos com um repertório diversificado, trazendo músicas populares e envolventes para as crianças.
A iniciativa não só proporcionou momentos de alegria e descontração, como também reforçou a mensagem de inclusão e respeito às diferenças. Durante a apresentação, os músicos interagiram com as crianças, que participaram ativamente cantando e dançando, criando uma atmosfera de união.
Para a supervisora pedagógica da EC 39, Leandra Bezerra, eventos como esse são essenciais para promover a conscientização sobre a importância de uma sociedade mais inclusiva. A apresentação da banda é uma maneira lúdica de ensinar as crianças sobre a luta pelos direitos das pessoas com deficiência, despertando nelas o senso de empatia e respeito desde cedo.
“Achamos importante que nossas crianças reconheçam a luta dessas pessoas, sendo ou não deficientes, que possam abraçar essa causa e acolher a diversidade de maneira geral”, afirmou.
O projeto da banda Toque Especial, existe há 25 anos, também desempenha um papel transformador para os próprios artistas, que superam barreiras discriminatórias e têm a oportunidade de apresentar sua arte e serem bem recebidos em diversas instituições. “Esse trabalho que desenvolvemos há 30 anos também é muito importante para nós. Poder trazer nossa música para o público e ver a alegria das crianças é impagável”, ressaltou Neftali Júnior, professor aposentado da SEEDF e uma das lideranças da banda.
O músico Márcio Bernardino, de 50 anos, tem deficiência intelectual e física e participa do grupo desde o início. “Eu estudei na rede pública de ensino e considero importante realizar apresentações nas escolas para os alunos conhecerem nosso trabalho e também é uma forma de lutar contra o preconceito, pois mostramos que, mesmo com limitações, nós conseguimos ser produtivos”, destacou o vocalista e trombonista da banda.
Com uma rede que busca acolher todos os estudantes, a Secretaria de Educação do DF, por meio da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin), reafirma seu compromisso de oferecer um espaço de aprendizado equitativo e transformador, onde as diferenças são celebradas e respeitadas.
A celebração realizada pela Escola Classe 39 exemplifica a importância de se promover uma educação que valorize a diversidade e atue na quebra de preconceitos.