15 projetos de estudantes foram apresentados nesta etapa do Circuito
Por Bruno Grossi, Ascom/SEEDF
É chegada a vez da Coordenação Regional de Ensino (CRE) de São Sebastião expor os melhores projetos científicos produzidos pelas 28 unidades escolares e oito creches que compõem a CRE. Ao todo, 15 projetos foram selecionados para compor a etapa regional do Circuito de Ciências, que aconteceu nessa quinta-feira (19), no Centro de Ensino Médio (CEM) 01 da cidade.
Escolas de todas as etapas, desde a educação infantil até o ensino médio, participaram da apresentação dos projetos, por meio dos quais professores e alunos abraçaram o tema “Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais“, com propostas criativas que visam solucionar demandas da comunidade local.
Mais de mil alunos de todas as escolas locais foram recebidos de manhã e de tarde, no contraturno de suas aulas. A secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá, falou durante a abertura do evento e ressaltou a parceria da Secretaria de Educação do DF com o Sebrae na realização do Circuito de Ciências.
“Na etapa distrital, fase final do circuito realizada em novembro, vamos premiar os melhores em cada categoria com o apoio do Sebrae. Quero também parabenizar o trabalho das crianças e os nossos professores, que estão promovendo essa iniciação científica. Não teríamos um circuito de ciências em cada escola desse Distrito Federal sem os professores. Muito obrigada, honro vocês pelo trabalho desenvolvido”, agradeceu Hélvia.
Graziele Barroso, coordenadora da Regional de Ensino de São Sebastião, conduziu a abertura do circuito e destacou a importância do evento para promover um projeto pedagógico inovador com os alunos e alunas da região.
“O circuito de ciências é importante porque ele trabalha no coletivo. São momentos de pesquisa, de planejamento, são ações conjuntas, com várias descobertas dos estudantes. O tema dos biomas brasileiros tem tudo a ver com a nossa realidade atual, para se pensar soluções para a crise climática. Então o projeto é muito significativo, ao promover uma aprendizagem ativa para os estudantes envolvidos e seu crescimento pessoal”, pontuou Graziele.
A banda escolar do Instituto Social Master, que conta com uma das creches conveniadas, fez a apresentação de abertura do evento. João Vitor, maestro do Instituto, contou que mais de 200 alunos participam da Banda Musical, que atende jovens até 17 anos, e da Banda Mirim, composta de alunos de 6 a 12 anos.
“Trouxemos hoje apenas 30 músicos da Banda Musical, que tocam desde clarinete, flauta, saxofone, trompete, percussão. Na abertura do evento, as músicas executadas foram o Hino Nacional, e também um pouco do nosso repertório brasileiro, músicas bem animadas, populares, justamente que tem a ver com o público das escolas de São Sebastião”, disse o maestro.
Um dos projetos expostos na etapa regional do 13º Circuito de Ciências em São Sebastião foi o de Davi Pereira, 9 anos, aluno do Centro de Ensino Fundamental (CEF) Jataí. Ele desenvolveu junto com colegas o projeto “Águas do Cerrado”, que demonstra o papel do bioma do Planalto Central para a manutenção das diversas bacias hidrográficas adjacentes.
“Foi muito interessante participar do projeto, muitas coisas que eu não sabia, eu aprendi aqui. As águas do Cerrado são muito importantes para o Brasil. O Cerrado abastece várias bacias hidrográficas. Por isso é importante a gente preservar essas águas. Se poluírem elas, não vai ter água doce para consumo. Só 1% da água doce do mundo está nos rios“, alertou.
Ele ainda informou quais são as formas de preservar. “É preciso não jogar lixo nem esgoto e evitar as queimadas para manter a água própria para a gente consumir”, explicou o jovem Davi.
A pedagoga Sheila Mara, professora orientadora do projeto, elogiou a oportunidade que os alunos têm de participar de um projeto de iniciação científica desde o ensino fundamental. Ela contou que o processo de escolha do tema “Águas do Cerrado” foi motivado por um córrego de água que passa atrás da escola e abastece o Rio Santana.
Os alunos, que brincam lá perto, começaram a observar que o rio estava poluído. “Os alunos começaram a fazer questionamentos sobre a poluição do rio Santana. A partir daí, fomos crescendo na abordagem do tema, falando sobre o bioma Cerrado, o ciclo das águas e a hidrografia das bacias do DF. Eles que pesquisaram, sendo protagonistas do conhecimento. Hoje eles sabem tudo na ponta da língua”, disse Sheila.