Estudantes e professores lotaram o auditório durante a cerimônia
Por Andressa Rios, Ascom/SEEDF
Os Colégios Cívico-Militares do Distrito Federal foram homenageados nesta quinta-feira (29/8) no auditório da Câmara Legislativa do DF (CLDF). A solenidade contou com a presença de deputados, militares, representantes da Administração Pública e centenas de alunos, professores e diretores de escolas do modelo de gestão compartilhada de todas as partes do DF, que participaram ativamente da cerimônia.
Logo no início, a execução do hino nacional ficou sob a responsabilidade da banda formada por alunos do Centro Educacional 01 do Itapoã. A Secretaria de Educação do DF também se fez presente por meio do secretário executivo da Pasta, Isaias Aparecido, e do chefe da Assessoria Especial para as Políticas para as Escolas Cívico-Militares, Wagner Santana, que ressaltou a gratidão que a comunidade escolar demonstra pela escolas de gestão compartilhada.
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“Visitar as escolas e perceber a gratidão dos pais em relação à tranquilidade em que a escola se encontra, saber que os professores podem trabalhar sem preocupação é gratificante. Identificamos que tem fila de espera nas escolas que eram consideradas muito perigosas e hoje são referência nas Regionais de Ensino em que estão lotadas”, disse.
Os convidados que compuseram a mesa destacaram a importância do respeito aos professores, que são a autoridade dentro da sala de aula. O secretário executivo de Segurança Pública do Distrito Federal, Alexandre Patury, falou sobre a diferença entre o papel do professor e do militar no colégio.
“Algumas pessoas têm a falsa percepção de que a Polícia Militar, os bombeiros estão lá para substituir os professores. Mas isso não é verdade. A escola são os professores e os alunos. Aliás, a escola é como se fosse uma segunda família. Os militares estão lá para apoiar a Secretaria de Educação, em questões como a disciplina, os valores, a organização do colégio e o respeito”, explicou.
Autor da iniciativa da homenagem, o deputado distrital Thiago Manzoni (PL) relembrou os resultados que essas escolas demonstraram no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). “O nível de aprendizagem cresce conforme a disciplina é atendida e os professores são respeitados em sala de aula. Então os resultados do Ideb apontam para essa diferença que começa a existir entre as escolas cívico-militares e as demais. Eu fico muito feliz de que o governo do Distrito Federal tenha abraçado o modelo cívico-militar de escolas e esteja trabalhando para manter e fazer crescer”.
Um dos colégios presentes no evento foi o Centro de Ensino Fundamental (CEF) 1 do Núcleo Bandeirante. A diretora da unidade, Andréa de Oliveira, ressaltou a importância da gestão compartilhada. “A escola diminuiu muitos índices de violência, de problemas dentro da escola e nos arredores também. Com esse apoio a gente conseguiu aumentar a nota da escola no Ideb. Hoje somos a segunda melhor escola do Distrito Federal no ensino público”, celebrou.
Já as alunas Giovana Araújo e Milena Sousa, de 14 anos, afirmaram que adoram a escola. “É um lugar seguro, super amigável, com professores super legais e coordenadores e diretores incríveis. Os militares são muito próximos dos alunos e sempre que a gente precisa, conta com eles“, indicou Giovana.
O projeto de Escolas de Gestão Compartilhada começou em 2019, em parceria entre a Secretaria de Estado de Educação e a Secretaria de Segurança Pública do DF, por intermédio da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Hoje, 17 escolas e mais de 16 mil estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio são beneficiados.
Atualmente, estas unidades são denominadas de Colégios Cívico-Militares. Enquanto os profissionais da educação são responsáveis pela área pedagógica, os parceiros da área da segurança cuidam da disciplina e desenvolvem atividades lúdicas, com as bandas marciais, por exemplo.