Projetos usam IA e introduzem os alunos ao universo da tecnologia e da programação
João Pedro Eliseu, Ascom/SEEDF
Os estudantes constroem veículos robóticos virtuais equipados com sensores. | Foto: Álvaro Henrique
Inovação e inclusão são os pilares dos projetos implementados no CEF 08 de Sobradinho pelo professor Alexandre David Zeitune, que trabalha há mais de 23 anos na Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF). Formado em Biologia e com experiência no ensino de tecnologias emergentes, ele lidera projetos que aproximam os estudantes do universo da inteligência artificial (IA), destinado aos alunos com Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD) em iniciativas tecnológicas.
Leia também
Desde o ano passado, Alexandre iniciou um projeto que introduz os alunos à IA usando a linguagem de programação Scratch. Os estudantes criam veículos robóticos virtuais equipados com sensores de contato, programados para percorrer uma pista sem tocar nas laterais, movendo-se de um ponto A a um ponto B.
Cada teste é registrado e analisado. Os melhores resultados são selecionados e novos parâmetros são incorporados aos veículos, seguindo o princípio dos algoritmos de aprendizado por tentativa e erro, para melhorar a eficácia dos mecanismos criados. Esse método, conhecido como aprendizado de máquina (Machine Learning), permite que os alunos compreendam na prática como a IA pode otimizar processos e resolver problemas de maneira eficiente.
Outro projeto inovador usa o Copilot Designer para desenvolver textos descritivos. Os alunos utilizam a ferramenta para criar descrições detalhadas de pessoas, objetos ou locais, que são transformadas em imagens. Esse processo aprimora as habilidades de escrita e observação dos estudantes, além de introduzi-los às técnicas artísticas com o auxílio da IA.
Esses projetos vão além de atividades escolares; são exemplos de como a tecnologia pode ser integrada ao currículo para promover o aprendizado ativo e a criatividade. Alexandre destaca que a familiarização dos alunos com essas novas tecnologias é essencial para prepará-los para o futuro. “As Atividades Exploratórias Tipo 1, como são chamadas no contexto de Altas Habilidades, permitem que os estudantes não só conheçam novas ferramentas, mas também as utilizem de forma produtiva e significativa”, reforça o professor.
Uma das grandes vantagens desses projetos é que todos os softwares utilizados são de livre acesso e sem custo. Isso facilita a disseminação e a implementação dessas atividades em outras escolas e programas educacionais, democratizando o acesso à tecnologia e incentivando a inclusão digital.
Iniciativas como as de Alexandre são fundamentais para a evolução do ensino e para a preparação dos alunos para os desafios da transformação digital . Ao integrar a inteligência artificial e a programação ao cotidiano escolar, ele não só enriquece o currículo dos estudantes, mas também inspira futuros cientistas e estimula o pensamento inovador.
