Escolas da Estrutural e do Setor de Indústria e Abastecimento também estão incluídas nas obras
Gizella Rodrigues, da Agência Brasília | Isabel de Agostini
O período de suspensão das aulas nas escolas do Distrito Federal por causa da pandemia de coronavírus está sendo aproveitado para que as unidades escolares da rede pública recebam obras que vão melhorar a rotina dos alunos quando as atividades retornarem. Construída há 46 anos, a Escola Classe 6, no Guará II, nunca tinha tido uma reforma estrutural em suas instalações elétrica e hidráulica.
Agora, toda a fiação elétrica, assim como os interruptores e as tomadas, estão sendo trocados. “A gente fazia festa aqui e não podia ligar muito aparelho na tomada não, senão a rede caía”, conta a diretora do colégio, Diana Paula Almeida de Oliveira. A escola tem 13 salas de aula e todas elas têm um aparelho de televisão. Mas eles também não podiam ser ligados na tomada ao mesmo tempo para não sobrecarregar a rede elétrica. “A gente tinha que ficar vigiando”, ressalta.
A comunidade escolar também convivia com os velhos tubos de ferro da rede hidráulica dos anos 70, que estão sendo substituídos por canos de PVC. “A água aqui não podia ser consumida, a gente abria a torneira e caíam uns pedaços de ferro”, relata a diretora. A única exceção, segundo ela, era a tubulação do bebedouro das crianças, que já havia sido trocada por canos de PVC, o que evita a contaminação da água por resíduos ferrosos, ferrugem e outras sujeiras.
A escola também ganhou um teto novo. O forro, que tampava as telhas de zinco, era feito de uma espécie de compensado de madeira, material que estava podre e prestes a desabar. A rede de internet, que era restrita à administração, agora está sendo levada para toda a escola. “A ideia é que tenha internet em todas as salas. Assim, os professores poderão usar laptops e as televisões também terão internet”, planeja Diana.
As benfeitorias são custeadas pela Secretaria de Educação que mantém um contrato de manutenção, no caso do Guará, com uma empresa de engenharia vencedora de uma licitação em 2017 e autorizada a fazer obras nas escolas até novembro deste ano. Cada Regional de Ensino tem uma ou mais empresas que prestam serviços às escolas da região. O contrato cobre reparos nas escolas existentes, como reformas no piso, teto e rede elétrica. “Não é para a construção de novas estruturas”, ressalta Leandro Andrade, coordenador da Regional de Ensino do Guará.
A Regional do Guará abrange também escolas da Estrutural e do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Ao todo, são 29 escolas e a grande maioria delas passou por algum reparo nessa quarentena, afirma Leandro. “Estamos estimulando que os diretores repassem as demandas que vamos atendê-las conforme for possível. Estamos aproveitando esse período. As escolas estão paradas só no atendimento pedagógico aos alunos, mas a parte administrativa segue funcionando”, diz.
Para a diretora da Escola Classe 6, essa é a maior reforma que ela presenciou. “Estou aqui desde 2006”. diz. “Antes só contávamos com recursos do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf) e de emendas parlamentares. Reformamos o pátio onde os alunos fazem educação física, mas, de uma maneira geral, só conseguíamos fazer pequenos reparos”, completa.
A instituição, que atende cerca de 580 crianças com idade entre 4 e 13 anos nos turnos matutino e vespertino, também vai ganhar uma área de recreação na frente do colégio. Funcionários da empresa de engenharia estão nivelando o piso e a ideia é construir um campinho de futebol no local.